domingo, 26 de janeiro de 2014

Amigo Verdadeiro



amigosO que você busca num bom amigo? Alguém com quem possa compartilhar seus interesses profissionais e seu lazer? Alguém com quem seja divertido estar ou que tenha grande senso de humor? Alguém que esteja geralmente disponível quando se precisa dele? Ou alguém que sempre dá um jeito de o animar?
Sem dúvida, amigos estimados, podem ser qualquer uma ou todas essas coisas acima e nós apreciamos passar tempo ao lado de pessoas assim. Mas a maior parte dessas características poderia facilmente ser encontradas no cachorrinho da família – ou até mesmo num gato. Não lhe parece que a verdadeira amizade deve incorporar mais do que o comportamento superficial ou uma personalidade atraente?
Sinto-me muito afortunado por ter conhecido um bom número de amigos verdadeiros e devotados ao longo dos anos, muito embora jamais tenha traçado um rígido padrão de “requisitos para uma amizade”. Porém, se você tivesse que fazer a descrição de um bom amigo, que critérios incluiria? Mais uma vez, uma grande fonte de consulta é o antigo livro de Provérbios, na Bíblia. Veja se as qualidades apresentadas a seguir se encaixariam nos aspectos que desejaria encontrar num bom amigo.
O bom amigo permanece fiel durante os tempos difíceis. É fácil encontrar pessoas que queiram estar à nossa volta quando as coisas estão correndo bem, e podem se beneficiar de alguma forma com nossa prosperidade. Mas, o que acontece quando surge um revés financeiro ou profissional, quando a tragédia se abate sobre nós, ou enfrentamos algum outro tipo de dificuldade que não vai desaparecer rapidamente? “O amigo ama em todos os momentos; é um irmão na adversidade” (Provérbios 17.17).
O bom amigo está sempre perto e é incomparável. Existe algo especial e inconfundível no verdadeiro amigo. Podemos acumular conhecimentos, pessoas que apreciam as coisas que também apreciamos, mas a quais delas poderíamos confiar nossas vidas ou nossos segredos mais protegidos? “Quem tem muitos amigos pode chegar à ruína, mas existe amigo mais apegado que um irmão” (Provérbios 18.24).
O bom amigo demonstra autocontrole. Todos nós somos influenciados pelas companhias que escolhemos. Se quisermos alcançar os elevados objetivos que estabelecemos para nós mesmos, seria de grande auxílio possuir amigos que sejam modelos de autodisciplina e caráter interior. “Não se associe com quem vive de mau humor, nem ande em companhia de quem facilmente se ira; do contrário você acabará imitando essa conduta e cairá em armadilha mortal” (Provérbios 22.24-25). “Não ande com os que se encharcam de vinho, nem com os que se empanturram de carne. Pois os bêbados e os glutões se empobrecerão, e a sonolência os vestirá de trapos” (Provérbios 23.20-21).
O bom amigo mantém-se afastado do mal. Acordamos todas as manhãs num mundo que nos incita a nos envolvermos em negócios antiéticos, comportamentos abusivos e outras formas de atividades imorais. Os bons amigos exercem um impacto positivo sobre nós através de sua conduta pessoal e devemos ter o mesmo efeito sobre eles. “Não tenha inveja dos ímpios, nem deseje a companhia deles; pois destruição é o que planejam no coração, e só falam de violência” (Provérbios 24.1-2).
O bom amigo oferece conselhos sábios. Todos nós, vez por outra, precisamos procurar alguém, em busca de sabedoria, para melhor tomarmos certas decisões. Não é necessário que tenhamos um relacionamento profundo e pessoal com alguém para procurarmos bons conselhos. Porém, um amigo cuidadoso e de confiança, pode oferecer melhores perspectivas em situações em que nos achamos perplexos. “Perfume e incenso trazem alegria ao coração; do conselho sincero do homem nasce uma bela amizade” (Provérbios 27.9).
O bom amigo faz de você uma pessoa melhor. Há algo sobre um bom amigo que desperta o que há de melhor em nós. Ele nos desafia, nos motiva e inspira. Nos anima quando estamos abatidos e nos ajuda a nos desenvolver profissional e pessoalmente. “Assim como o ferro afia o ferro, o homem afia o seu companheiro” (Provérbios 27.17).
Por: Robert J. Tamasy

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Qual é a esperança para o futuro? Como a profecia afeta minha vida diária?‏


Para: joao batista gomes da silva filho batista, JB, DIACONO BOA VIAGEM
Qual é a esperança para o futuro? Como a profecia afeta minha vida diária?
As profecias encontradas na Bíblia nos foram dadas para nos ajudar em nossa vida espiritual enquanto aguardamos diariamente a vinda de Cristo (2 Timóteo 3.16,17).

Deus deu a profecia para mudar nossos corações, não para encher nossas mentes de conhecimento. Deus não predisse eventos futuros só para satisfazer nossa curiosidade sobre o futuro. Toda vez que anuncia eventos que ainda são futuros, Ele inclui com Suas previsões aplicações práticas para a vida. As palavras de Deus sobre o futuro contêm conselhos específicos para o “aqui, e o agora.”[1]

A profecia é importante. Entre os benefícios de estudá-la estão: louvor a Deus (Romanos 11.36), encorajamento (1 Tessalonicenses 4.18; 5.9), estabilidade (2 Tessalonicenses 2.1-3,15), e santidade (2 Pedro 3.11,12,14,17).[2]
Como posso manter o equilíbrio quando estudo a profecia bíblica?
Observamos que uma interpretação gramatical, histórica e contextual consistente é necessária para entender a Bíblia corretamente.[3] E enquanto interpreta a Escritura, você deve aplicá-la em oração à sua vida. Não devemos ver a profecia com cinismo ou confusão. Ela vai acontecer e Deus usa a verdade profética para muitos propósitos. Nossa responsabilidade é entendê-la corretamente e estar prontos para deixar que Ele a use em nossas vidas. Devemos ter consciência dos benefícios e das limitações dos estudos proféticos.

Atualmente há um evidente e generalizado cinismo sobre a profecia bíblica. É comum ouvir pessoas dizerem de várias maneiras que não acham que a profecia bíblica seja importante. Isso geralmente leva a negligenciar quase 25 porcento da Palavra de Deus que afeta a maneira de ver a Bíblia como um todo.

Um motivo pelo qual muitos desprezam a profecia é em reação aos que marcam datas. Estes “fanáticos em profecia” prejudicam o nome de Cristo porque levam outras pessoas a evitar ao máximo os marcadores de datas. Isto produz constantes advertências contra o estudo da profecia bíblica – quando a reação correta deveria ser advertir contra a marcação de datas.

Outra razão para uma interpretação desequilibrada da profecia é vista na tendência de alguns profissionais de nível acadêmico de não levarem passagens proféticas da Bíblia tão a sério quanto seus colegas leigos. O Dr. Paul Boyer nos ajuda a entender isso quando observa:

Até ao Iluminismo, a profecia bíblica era levada a sério em todo o mundo cristão, em todos os níveis sociais e educacionais, por causa das indicações que dava sobre o plano divino de Deus. Mas à medida em que o ceticismo e o racionalismo conquistaram espaço no século dezoito, as posições acadêmicas e populares destes textos foram divergindo gradualmente. No nível popular, principalmente na América, os textos apocalípticos continuaram os mesmos: uma fonte vital de doutrina, afirmação, e previsão. Os crentes comuns continuaram a estudar suas páginas e esperar ansiosamente os eventos previstos ali.

Hoje muitas conclusões são baseadas num tipo de predição que está evoluindo sob regras derivadas do método científico... O conceito medieval de profecia pressupunha uma providência divina realizando sua vontade na história... Apesar de se formarem maneiras diferentes de ver o futuro no século dezesseis, elas eram compatíveis com as antigas doutrinas nas mentes de governantes, clérigos, e estudiosos. Só com relutância, no século dezessete, a profecia foi considerada ultrapassada como uma perspectiva em relação ao futuro...

Mas hoje a profecia deixou de ser importante exceto na periferia da civilização moderna... Talvez possamos dizer que somente quando homens inteligentes e estudados deixaram de levar a profecia a sério é que a Idade Média realmente terminou. O que desejo demonstrar é que essa mudança está ligada a uma modificação de toda a nossa atitude em relação à história e à nossa própria participação nela.

A maneira de mantermos o equilíbrio no estudo da profecia bíblica é tratar toda a Bíblia de maneira coerente. A profecia bíblica não deveria ser estudada nem mais nem menos que outros assuntos bíblicos.

A esperança para o crente continua sendo a volta do Senhor Jesus Cristo para os Seus no arrebatamento. Tito 2.13 admoesta os crentes a aguardar “a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus.” Neste ínterim, devemos ser fiéis a Ele, proclamar o evangelho da salvação a todos que ouvirem, e “fazer o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé” (Gálatas 6.10). Não somos pessimistas quanto ao futuro, mas somos realistas. Temos certeza de que, sejam quais forem as manchetes de amanhã, nossa esperança e nosso destino estão em Cristo Jesus, o Vencedor Final.
Postado por Joao Batista às 12:44 Nenhum comentário:   Links para esta postagem
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domingo, 17 de abril de 2011
Hobbes, um filósofo inglês, disse pouco antes de sua morte: "Estou diante de um terrível salto nas trevas."





As horas mais solitárias que alguém já passou sobre a terra foram as horas do Calvário; pois Jesus - além de ser Filho de Deus - era também homem ao morrer por nós.

Por que, entretanto, o Calvário foi o lugar mais solitário que já houve? Parece fácil responder a essa pergunta, pois muitos dos nossos leitores sabem tudo sobre o Calvário e a morte do Cordeiro de Deus. Mas mesmo assim, nunca conseguimos responder com precisão a essa pergunta porque somos incapazes de compreender o que Jesus realmente passou no Calvário.

Segundo a Escritura, Jesus foi crucificado à "hora terceira" (Mc 15.25) (às nove horas da manhã). E à "hora nona" (às três horas da tarde) Ele deu Seu grito alucinante: "Eloí, Eloí, lamá sabactâni?... Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (v. 34). Isso significa, portanto, que Jesus Cristo, quando deu esse grito – já estava dependurado há seis horas na cruz em pavorosa solidão! Significa que durante seis horas inteiras Ele esteve sem o Pai, sim, até mesmo Deus O abandonou. Que nessas seis horas na cruz Ele esteve sem o Pai é provado pelo fato de Ele – que normalmente sempre falava do Pai quando se referia a Deus – ter clamado a Deus. E que Ele estava também sem Deus é mostrado por Suas palavras desesperadoras: "...por que me desamparaste?" Apesar de Ele clamar a Deus, Deus O havia abandonado!

Nesse sentido, as palavras do centurião romano contêm um simbolismo profundo e trágico: "O centurião que estava em frente dele, vendo que assim expirara, disse: Verdadeiramente este homem era Filho de Deus" (v. 39). Enquanto Jesus esteve dependurado na cruz, era como se Ele não fosse mais o Filho de Deus. Por quê? Porque naquelas horas Ele não tinha mais Pai. Mas – não era o Filho de Deus que estava dependurado ali na cruz? Naturalmente, mas não em Seu caráter glorioso, de Rei. Ele estava ali dependurado como homem, cuja aparência estava profundamente desfigurada, a quem todo o mundo desprezava, e virava o rosto. A respeito, o profeta Isaías já predisse palavras abaladoras aproximadamente 700 anos antes de Cristo: "...o seu aspecto estava mui desfigurado, mais do que o de outro qualquer, e a sua aparência mais do que a dos outros filhos dos homens... Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e como um de quem os homens escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso" (Is 52.14b; 53.3). Quão terrível e pavorosa deve ter sido essa solidão para Ele! Pois a Ele, ao Senhor Jesus Cristo, aconteceu algo que jamais pode acontecer a nós, que nEle cremos: Ele realmente foi abandonado pelo Pai – durante horas. É o que expressa com a maior clareza Sua pergunta: "...por que me desamparaste?". Em outras palavras: "Tu me abandonaste – mas por quê?"

Nunca podemos acusar Deus de tal coisa porque não corresponde à verdade, pois o Senhor nunca nos abandonará, a nós que somos Seus filhos. No máximo, poderíamos dizer que nos sentimos abandonados. Na realidade, porém, nunca estamos sozinhos, pois em Hebreus 13.5b estão escritas as maravilhosas palavras: "De maneira alguma te deixarei nunca jamais te abandonarei." Ou pensemos nas palavras do próprio Senhor Jesus: "E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século" (Mt 28.20b). Paulo exclama com júbilo em Romanos 8.38-39: "Porque eu estou bem certo de que nem morte, nem vida, nem anjos, nem principados, nem cousas do presente, nem do porvir, nem poderes, nem altura, nem profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." Não, nada, nem ninguém pode separar-nos de nosso Senhor, nunca seremos deixados sós; onde quer que estejamos, o Senhor está sempre presente! Ouça uma vez o que o salmista diz a respeito: "Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares: ainda lá me haverá de guiar a tua mão e a tua destra me susterá" (Sl 139.8-10). Em outras palavras: Senhor, tu estás sempre comigo; onde quer que eu esteja, o que quer que eu faça, para onde quer que eu vá, como quer que eu me sinta – tu estás sempre comigo. Sim, disso podemos estar certos, e graças ao Senhor que é assim.

Mas o próprio Senhor Jesus – quando esteve dependurado na cruz – não tinha mais nada disso; Ele ficou completamente privado de amor e consolo. Ao invés da alegre certeza da presença do Pai – Ele era atormentado por um horror paralisante. Ao invés de firme certeza interior – Ele sentia calafrios por causa do gélido silêncio de Deus. Ao invés do olhar amoroso do Pai – Ele só via trevas intransponíveis. Ao invés de afável e calorosa afeição do alto – os rugidos e a fúria de todo o inferno se abateram sobre Ele. Jesus Cristo experimentou exatamente o oposto daquilo que o salmista testemunha com tanta fé: "Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal nenhum, porque tu estás comigo: a tua vara e o teu cajado me consolam" (Sl 23.4). Jesus andou literalmente pelo "vale da sombra da morte"; Deus não estava mais com Ele, a "vara e o cajado" do Pai não O consolavam mais.

"Por quê?", podemos perguntar, "por que, afinal?" Porque não era possível de outra maneira. Pois, apesar de Jesus ser o Cordeiro de Deus sem pecado, apesar de Ele nunca ter pecado em toda a Sua vida, apesar de Ele ter ficado puro e sem mácula, no Calvário Ele morreu como pecador. Bem entendido: Ele não morreu como pecador – pois, como dissemos, Ele era e continuou sem pecado –, mas Ele morreu por causa de pecados, isto é, dos pecados de todo o mundo.

Você sabe o que significa morrer a morte do pecador; você sabe qual é a terrível e inescapável conseqüência de tal morte? Nesse tipo de morte

– Deus não está presente;

– o céu está fechado;

– o Eterno afasta o olhar!

Por isso, uma morte assim é o mais terrível, pavoroso e horroroso que pode acontecer a uma pessoa. Existem testemunhos suficientes a respeito. A seguir, citamos somente alguns:

– O ateu David Hume gritou por ocasião de sua morte: "Estou nas chamas!"

– A morte de Voltaire, o famoso zombador, deve ter sido tão terrível que sua enfermeira disse depois: "Por todo o dinheiro da Europa, eu não gostaria mais de ver um ateu morrer!"

– Hobbes, um filósofo inglês, disse pouco antes de sua morte: "Estou diante de um terrível salto nas trevas."

– Goethe exclamou: "Mais luz!"

– Churchill morreu com as palavras: "Que tolo fui!"

Bastam esses poucos exemplos para nos mostrar claramente o que significa morrer como pecador. E Jesus experimentou esse tipo de morte, apesar de Ele mesmo – que isso fique bem claro – ser e continuar sendo absolutamente sem pecado. Ele experimentou uma morte tão pavorosa porque na cruz Ele tomou sobre Seu próprio corpo todos os pecados de todos os homens de todos os tempos. Pedro diz em sua primeira epístola: "carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados, para que nós, mortos aos pecados, vivamos para a justiça" (1 Pe 2.24a). Quando Jesus morreu a morte do pecador, realmente o céu ficou fechado, o Pai desviou o olhar, o Eterno se afastou; e Ele, o Filho, ficou dependurado, só e abandonado, na cruz. Que ondas pavorosas do inferno devem ter se abatido sobre Ele. No Salmo 22 os sofrimentos de Jesus naquelas horas horrorosas são descritos de modo amedrontador, bem detalhado e claro: "Muitos touros me cercam, fortes touros de Basã me rodeiam. Contra mim abrem as bocas, como faz o leão que despedaça e ruge. Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se-me dentro de mim. Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da boca; assim me deitas no pó da morte. Cães me cercam; uma súcia de malfeitores me rodeia; traspassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos; eles me estão olhando e encarando em mim" (vv. 12-17).

Meu irmão, minha irmã, como isso deve ter sido terrivelmente difícil para Jesus Cristo! Não é de admirar, pois, que de repente tenha partido de Seu coração ferido este grito: "...Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" Esse foi o grito de um homem que caiu num profundo abismo, e cujo coração estava completamente dilacerado.

É interessante lembrar que até então Jesus nunca havia sido abandonado pelo Pai. E agora, na cruz – Ele não somente foi abandonado pelo Pai, mas também estava cercado pelos poderes do inferno. Não, até então o Pai nunca O havia abandonado; pelo contrário –o Pai esteve constantemente nEle. Por exemplo, Jesus disse: "Quem me vê a mim, vê o Pai" (Jo 14.9b). E em João 11.41b lemos: "Jesus, levantando os olhos para o céu, disse: Pai..." Portanto, até essa hora tinha havido completa harmonia entre Ele e o Pai. E Jesus se alegrou por essa harmonia, e testemunhou dela, por exemplo, com as palavras:

– "...porque não sou eu só, porém eu e aquele que me enviou" (Jo 8.16).

– "E aquele que me enviou está comigo, não me deixou só..." (Jo 8.29b).

– "Eu e o Pai somos um" (Jo 10.30).

– "...para que possais saber e compreender que o Pai está em mim, e eu estou no Pai" (Jo 10.38b).

Que maravilhosas palavras! Mas, exatamente por isso foi muito mais duro e trágico o contraste entre elas e as horas na cruz. Oh! que caminho Jesus teve que seguir! E, por quê? Para redimir a você e a mim; pois nós deveríamos ter estado ali na cruz!

Talvez agora compreendamos um pouco melhor o profundo abismo dos sofrimentos do Cordeiro de Deus; talvez sejamos capazes agora de participar um pouco dos Seus sentimentos, do que Ele passou. Mesmo assim, uma ou outra pessoa poderá perguntar:
Jesus não sabia que tudo seria assim?

Ele falou várias vezes a respeito aos Seus discípulos. Lemos, por exemplo, em Mateus 16.21: "Desde esse tempo, começou Jesus Cristo a mostrar a seus discípulos que lhe era necessário seguir para Jerusalém e sofrer muitas cousas dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, ser morto, e ressuscitado no terceiro dia." Aqui Ele falou claramente que ainda teria que "sofrer muitas cousas". Além disso, havia muitas profecias do Antigo Testamento que apontavam com clareza assustadora para esses acontecimentos; e Jesus conhecia todas essas palavras da Escritura. Portanto, certamente Ele sabia de tudo. Apesar de que jamais poderemos responder a essa pergunta definitivamente, hoje vou tentar – com todo respeito ao Cordeiro de Deus – dar uma resposta bem superficial. Jesus Cristo – apesar do fato de ser o Filho de Deus e de todas as coisas serem manifestas perante Ele – talvez não soubesse de uma coisa: quão terrível seria a separação entre Ele e o Pai; quão horroroso seria ser abandonado pelo Pai! Pois, repito: Ele nunca antes havia ficado sem o Pai – muito menos sido abandonado pelo Pai.

Entretanto, talvez você diga agora: Mas Jesus sempre sabia de tudo. Tudo – será que Jesus realmente sabia de tudo? Ele mesmo falou certa vez de algo que não sabia, ou seja, da hora da Sua volta: "Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão somente o Pai" (Mc 13.32). Portanto: isso era uma coisa que Ele não sabia. Por isso, não será que somente o próprio Pai sabia o que o Filho realmente teria de passar na cruz; quão difícil realmente seria a separação? Não será que o Pai tenha se calado sobre esse assunto por causa de Seu grande amor pelo Filho?

Apesar de não sabermos a resposta, nesse contexto podemos pensar na relação de Abraão e Isaque. Quando os dois ainda estavam a caminho do local do sacrifício, Isaque, que não sabia de nada, perguntou ao seu pai: "Eis o fogo e a lenha, mas onde está o cordeiro para o holocausto?" (Gn 22.7b). O que Abraão respondeu a Isaque? Lemos em Gênesis 22.8a: "Deus proverá para si, meu filho, o cordeiro para o holocausto". Isaque sabia, portanto, do sacrifício, mas não sabia da terrível verdade de que ele deveria ser a vítima.

Jesus Cristo sabia do Calvário. Ele sabia que seria o Cordeiro do holocausto; mas será que Ele também sabia quão terrível seria quando o Pai – nas horas do Seu sofrimento e da Sua morte – teria que abandoná-lO? Bem, não o sabemos, e também nunca teremos uma resposta definitiva para essa questão aqui na terra. Uma coisa, porém, é segura: as horas do Calvário realmente foram as mais difíceis e solitárias pelas quais ninguém na terra jamais passou; e o Filho do Homem, Jesus Cristo, as sofreu.
O alto objetivo dos sofrimentos de Jesus

Por que o Senhor da Glória teve que sofrer de forma tão extrema? Para redimir muitas e muitas pessoas escravizadas! Oh! quão maravilhosamente esse objetivo dos sofrimentos de Jesus é descrito no livro do profeta Isaías: "...quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade... com o seu conhecimento, justificará a muitos... Por isso eu lhe darei muitos como a sua parte..." (Is 53.10b,11b,12a). Glorioso, não é mesmo?! E até hoje são acrescentados diariamente novos justificados à Sua posteridade. Mas tudo começou nessa terrível cruz solitária. Quanto mais se agravava Seu caminho de morte, quanto mais profundamente Jesus entrava em dores e sofrimentos, maior e mais real se tornava o fato de que assim o caminho ao reino dos céus estava sendo aberto para a Humanidade. A cada hora de dores se aproximava a grandiosa vitória de Jesus, a porta da graça se abria cada vez mais.

Vejamos essa gloriosa verdade em relação à parábola de Jesus sobre os trabalhadores na vinha. Nela nos é mostrado maravilhosamente, de forma figurada, o processo que Jesus enfrentou na cruz – quanto mais horas de dores, mais próxima e maior a vitória. Leiamos a primeira parte dessa parábola: "Porque o reino dos céus é semelhante a um dono de casa que saiu de madrugada para assalariar trabalhadores para a sua vinha. E, tendo ajustado com os trabalhadores a um denário por dia, mandou-os para a vinha. Saindo pela terceira hora viu, na praça, outros que estavam desocupados, e disse-lhes: Ide vós também para a vinha, e vos darei o que for justo. Eles foram. Tendo saído outra vez perto da hora sexta e da nona, procedeu da mesma forma, e, saindo por volta da hora undécima, encontrou outros que estavam desocupados, e perguntou-lhes: Por que estivestes aqui desocupados o dia todo? Responderam-lhe: Porque ninguém nos contratou. Então lhes disse ele: Ide também vós para a vinha" (Mt 20.1-7).

Essa parábola aponta maravilhosamente para o reino celestial e para todos que estarão nele algum dia. Ela nos mostra também que não faz diferença se alguém encontra cedo o caminho ou se chega somente à hora undécima. O que importa é que muitos venham! Não vamos nos ater agora na parábola em si, mas extrair dela maravilhosos paralelos sobre os acontecimentos do Calvário.

1 – Quando começou o verdadeiro caminho de morte de nosso Senhor? Não me refiro ao caminho de sofrimentos em geral, que já começou na manjedoura em Belém, mas ao caminho de morte e crucificação em si, através do qual Ele, como Deus, o disse através do profeta Isaías, geraria uma posteridade, ou seja, justificaria a muitos. Quando começou esse caminho da cruz? Lemos em Marcos 15.1: "Logo pela manhã entraram em conselho os principais sacerdotes com os anciãos, escribas e todo o Sinédrio; e, amarrando a Jesus, levaram-no e o entregaram a Pilatos." E quando o dono da casa, na parábola citada, começou a enviar trabalhadores para sua vinha, isto é, quando o Rei do reino dos céus começou a chamar Sua posteridade para Seu reino? Também cedo de manhã: "Porque o reino dos céus é semelhante a um dono de casa que saiu de madrugada para assalariar trabalhadores para a sua vinha" (Mt 20.1).

2 – Quando, exatamente, Jesus foi crucificado? À hora terceira (nove horas da manhã): "Era a hora terceira quando o crucificaram" (Mc 15.25). E quando os próximos trabalhadores foram enviados para a vinha, isto é, quando o Rei do reino dos céus chamou os seguintes da Sua posteridade para Seu reino? À terceira hora (às nove horas da manhã): "Saindo pela terceira hora viu, na praça, outros que estavam desocupados, e disse-lhes: Ide vós também para a vinha, e vos darei o que for justo" (Mt 20.3-4).

3 – Quando se abateram as terríveis trevas sobre toda a terra? À hora sexta (às doze horas): "Chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra, até a hora nona" (Mc 15.33). E quando os trabalhadores seguintes foram chamados para a vinha, ou seja, quando foram novamente chamados outros à posteridade no reino dos céus? À hora sexta (ao meio-dia): "Tendo saído outra vez perto da hora sexta..., procedeu da mesma forma" (Mt 20.5).

4 – Quando o Senhor Jesus Cristo deu o Seu grito abalador?. À hora nona (às três horas da tarde): "À hora nona clamou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? que quer dizer: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" (Mc 15.34). E quando foram enviados mais trabalhadores para a vinha, isto é, chamados ainda mais pessoas para a posteridade no reino dos céus? À hora nona (às três horas da tarde): "Tendo saído outra vez perto da hora... nona, procedeu da mesma forma" (Mt 20.5).

5 – Quando Jesus Cristo foi sepultado? Antes do anoitecer no dia anterior ao sábado (aproximadamente às cinco horas da tarde): "Ao cair da tarde, por ser o dia da preparação, isto é, a véspera do sábado, vindo José de Arimatéia, ilustre membro do Sinédrio, que também esperava o reino de Deus, dirigiu-se resolutamente a Pilatos e pediu o corpo de Jesus... Este, baixando o corpo da cruz, envolveu-o em um lençol que comprara, e o depositou em um túmulo que tinha sido aberto numa rocha; e rolou uma pedra para a entrada do túmulo" (Mc 15.42-43,46). E exatamente ao mesmo tempo, às dezessete horas, à hora undécima, na parábola foram novamente enviados trabalhadores para a vinha, ou seja, chamadas outras pessoas à posteridade no reino dos céus: "...e, saindo por volta da hora undécima, encontrou outros que estavam desocupados, e perguntou-lhes: Por que estivestes aqui desocupados o dia todo? Responderam-lhe: Porque ninguém nos contratou. Então lhes disse ele: Ide também vós para a vinha" (Mt 20.6-7).

Essa comparação alegórica entre a morte de Jesus e a parábola dos trabalhadores na vinha nos mostra como através dos sofrimentos de Jesus na cruz, que ficavam cada vez mais intensos, a redenção se aproximava cada vez mais. Quanto mais se agravava Seu caminho de morte, mais resplandecia a verdade de que assim estava sendo preparado o caminho ao reino dos céus para a Humanidade.

Resumindo: cedo pela manhã começou o caminho da cruz de Jesus – e de madrugada vieram os primeiros trabalhadores para a vinha do dono da casa. À terceira hora (9 horas) Jesus foi crucificado – e à terceira hora foram chamados os trabalhadores seguintes para a vinha. À hora sexta (12 horas) se abateram as trevas sobre toda a terra – e à hora sexta foram chamados mais trabalhadores. À hora nona (15 horas) Jesus gritou Seu abalador "Por quê?" – e exatamente nessa hora foram novamente chamados trabalhadores na parábola. E à undécima hora (17 horas) Jesus Cristo foi sepultado; na parábola dos trabalhadores na vinha na mesma hora foram chamados mais uma vez trabalhadores. Aqui vemos claramente o que o profeta Isaías profetizou: "Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma, e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si" (Is 53.11).

Ao vermos tudo isso novamente hoje – essa maravilhosa obra do Calvário com seus grandiosos efeitos –, impõe-se a pergunta: o Senhor Jesus fez tanto por nós – mas o que podemos fazer por Ele?

O que podemos Lhe dar?

Oh! na verdade, nada! Pois conhecemos a nós mesmos e sabemos quão rapidamente novos propósitos e promessas são esquecidos. Apesar disso, devemos dar uma resposta ao Senhor! Talvez um acontecimento da vida de Pedro possa nos ajudar nesse sentido. Em certa ocasião, ele estava em Jope, na casa de um curtidor chamado Simão. Seu lugar de oração era sobre o eirado (terraço) da casa. Lemos em Atos 10.9: "No dia seguinte..., subiu Pedro ao eirado, por volta da hora sexta". Se bem que esse texto na verdade não tem nada a ver com o Calvário, interessam as palavras "por volta da hora sexta". Portanto, Pedro subiu ao eirado ao meio-dia (12 horas) para orar. E quando começaram as três piores horas para o Senhor Jesus na cruz? Igualmente à hora sexta: "Chegada a hora sexta, houve trevas sobre toda a terra, até a hora nona" (Mc 15.33). É comovente o fato de que Pedro – consciente ou inconscientemente – tenha feito da pior hora de seu Senhor na cruz sua hora de oração diária! Pois podemos supor que não se tratou de uma oração única, ao acaso, mas de um costume regular. Como quer que seja, de qualquer modo, Pedro estava orando ao Seu Senhor na hora em que Jesus tinha passado pelos maiores tormentos na cruz. A pergunta é: o que podemos fazer pelo nosso Senhor Jesus; o que podemos Lhe dar? – na verdade, a minha e a sua resposta deveria ser bem clara: recomeçar uma vida de oração intensiva, baseando-nos a partir de agora conscientemente na morte de nosso Redentor! Em outras palavras: nunca mais oremos sem antes pensar porque podemos orar; sem que tenhamos completa clareza de porque temos o privilégio de orar; e sem estarmos plenamente convictos de que temos que orar! Pois: Jesus Cristo nos deu – através de Seus sofrimentos inomináveis e de Sua morte na cruz – a filiação pela qual podemos exclamar em oração: "Aba, Pai!" Sim, é o que está escrito: "E, porque vós sois filhos, enviou Deus aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai" (Gl 4.6). Amém.

De:joao batista gomes da silva filho batista (hwhy007@hotmail.com)

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Cristãos norte-coreanos celebram o Natal escondidos


“Na Coreia do Norte, o culto é aos líderes políticos… Tudo está focado em Kim Il-sung, que tenta tomar o lugar de Deus na vida deles”
Ser cristão na Coreia do Norte é arriscar a vida todos os dias. Mas isso não os impediu de comemorar o Natal como milhões de outras pessoas fizeram em todo o mundo. A diferença é que para isso precisaram se reunir em túneis subterrâneos, escondidos das autoridades.
Eles sabem que podem ser presos cada vez que fazem uma oração ou cantam um louvor em voz alta. “Os cristãos do resto do mundo não têm ideia de como são fervorosas as orações daqueles que vivem na Coreia do Norte”, disse Han Min, um norte-coreano que fugiu do regime ditatorial de Pyongyang.
Han hoje vive na Coreia do Sul e congrega na Igreja Durihana, em Seul, liderada pelo pastor Chun Ki-won. Desde 1999, esta comunidade tem o compromisso de ajudar aqueles que desejam sair da parte norte da península.
Segundo a igreja, eles já ajudaram cerca de 1.000 norte-coreanos a fugir. Geralmente pela fronteira com a China, menos protegida. Depois de atravessarem, iniciam sua viagem até a Coreia do Sul.
“Na Coreia do Norte, o culto é aos líderes políticos… Tudo está focado em Kim Il-sung, que tenta tomar o lugar de Deus na vida deles”, explica o pastor Chun. Ele lamenta ainda que o regime tem intensificado as restrições e matado muito mais cristãos do que fazia antes da troca de governo. Chun, que já foi preso e torturado em uma das viagens que fez para a Coreia do Norte para auxiliar a igreja perseguida, conta que antigamente eles atravessavam de 30 a 40 pessoas em um mês. Em dezembro, ele só consegui ajudar 3 a escaparem.
Em 3 de novembro, segundo o jornal sul-coreano JoongAng Ilbo, foram executados publicamente 80 norte-coreanos. Cerca de 10.000 pessoas foram até um estádio esportivo na cidade de Wonsan para assistir os condenados enfrentarem um pelotão de fuzilamento. A prática é uma maneira de a liderança ditatorial do país disseminar sua mensagem à população. Segundo a imprensa, os mortos “foram amarrados a estacas com sacos cobrindo suas cabeças. Seus corpos foram crivados por tiros de metralhadora enquanto eram acusados” de práticas consideradas traição ao regime, como assistir TV sul-coreana ou terem Bíblias em casa.
O irmão Simon, pseudônimo de um refugiado norte-coreano que não quer se identificar, afirma: “É claro, os cristãos da Coreia do Norte refletem sobre o nascimento de Jesus Cristo… Só que eles não podem simplesmente ir juntos a uma igreja para cantar ou ouvir um sermão. Ser cristão na Coreia do Norte é algo muito solitário”. Segundo ele, a maioria das vezes as celebrações são em pequenos grupos. Normalmente encontros de cristãos reúnem apenas duas pessoas.
Simon explica: “Por exemplo, um cristão vai e se senta em um banco no parque. Um outro cristão vem e senta-se ao lado dele. Às vezes é perigoso até mesmo falar uns com os outros, mas eles sabem que ambos são cristãos, e isso já é o suficiente. Se não houver ninguém por perto, podem compartilhar um versículo da Bíblia que eles sabem de cor e brevemente comentar algo sobre isso. Também contam seus motivos de oração um ao outro. Então eles se levantam e saem”.
O nascimento de Jesus também é comemorado desta maneira. Não há decoração nas casas nem cultos natalinos. “O Natal é principalmente comemorado no coração do cristão. Por medo de represálias é necessário manter a sua fé escondida dos vizinhos. Às vezes, é possível realizar uma reunião em áreas remotas com um grupo de 10 a 20 pessoas. Muito raramente é possível que um grupo vá discretamente para as montanhas e faça um culto em um local secreto”, explica Simon.
Com informações Christian News Wire e Asia News